Me olho muito no espelho. Mas não por vaidade. Me acho estranho. Estranho o fato de eu ter dois olhos, um nariz, uma boca. Eu me vejo de fora, com olhos que não envelhecem nunca. Eu jamais irei me acostumar com o mundo. Eu cago, eu mijo, eu peido. E mesmo assim, ainda me pergunto o que seria viver. |